
Em qualquer circunstância e ou situação que somos direcionados para uma estreia, nos preparamos para surpreender, causar impacto, fazer o melhor. Dispensando as duas primeiras opções, peço permissão para ser redundante e iniciar essa nova coluna no BN mostrando o porquê do Bahia ter em 2014 o melhor início de Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos. O ano de 2003 foi o primeiro em que o campeonato foi utilizado nesse sistema de disputa. Poderia usar como exemplo, mas como aconteceu na década passada, preferi utilizar os quatro últimos anos como parâmetro.
O ano de 2011 veio cercado de muita expectativa: Bahia de volta à Série A após 10 anos, reformulação total no elenco e na filosofia de trabalho. Muitos jogadores jovens contratados e um técnico com experiência em divisões de base. O ideal para a molecada que havia chegado certo? Errado. Rogério Lourenço não durou no cargo e foi substituído por Chiquinho de Assis, que saiu para a chegada de Vagner Benazzi, que foi demitido para a vinda de René Simões. Tudo isso só no Campeonato Baiano. Mas vamos ao ponto que eu quero chegar. O Bahia encerrou a sua participação no Estadual sendo eliminado pelo Vitória na Semifinal. Mesmo tendo vencido por 3 x 2 no Barradão, o resultado foi insuficiente já que havia perdido por 1 x 0 em Pituaçu e o rubro negro baiano mais uma vez tinha a vantagem de jogar por dois resultados iguais. Na ocasião o Bahia entrou em campo com:
Bahia: Omar; Jancarlos (Marcos), Titi, Danny Morais e Ávine; Marcone, Camacho, Ramon (Tressor Moreno) e Lulinha; Maranhão (Maurício) e Souza. Técnico: René Simões.
O fracasso fez com que muita coisa mudasse para a estreia no Brasileiro contra o América Mineiro fora de casa. René mantido e time formado com: Marcelo Lomba, Gabriel, Thiego, Titi e Avine; Fahel, Marcone, Camacho (Boquita) e Lulinha (Maranhão); Jobson (João Neto) e Souza. Técnico René Simões.
Cinco mudanças na equipe em relação ao último jogo do estadual e apenas 1 ponto conquistado nas 3 primeiras rodadas. O bahia só venceu a primeira no quinto jogo contra o Fluminense, por 1 x 0, no Maracanã, gol de Jobson. Em 2012, com Falcão, Bahia foi soberano no Campeonato Baiano. Teve vantagem de jogar as finais por dois resultados iguais e por isso foi Campeão. Naquele 3 x 3 em Pituaçu, o time que entrou em campo foi:
Bahia: Marcelo Lomba;. Madson, Rafael Donato, Titi e Gerley; Diones; Fahel (Morais), Hélder e Gabriel (Vander); Lulinha (Fabinho) e Souza. Técnico: Paulo Roberto Falcão.
Mesmo assim, o time teve muitas dificuldades no início do Brasileiro e Falcão não resistiu a sequência de resultados ruins. A estreia foi contra o Santos em casa. Empate em 0 x 0:
Bahia: Marcelo Lomba; Fabinho, Rafael Donato, Titi e Gerley; Fahel, Helder, Gabriel e Morais (Magno); Lulinha (Zé Roberto) e Ciro (Júnior)
Técnico: Paulo Roberto Falcão
Três mudanças em relação ao time que conquistou o Baianão e um início também ruim, tendo conquistado apenas 2 pontos nas três primeiras rodadas e vencido mais uma vez apenas na quinta rodada o Sport por 2 x 1 em Pituaçu. Em 2013 o Bahia sequer foi páreo para o seu maior rival. Goleado por duas vezes no estadual, passou por muitas mudanças dentro e fora de campo. Já sob os olhares de Cristóvão Borges, o time que empatou o jogo de volta da final com o Vitória por 1 x 1 no Barradão foi formado com:
Bahia: Omar; Madson, Rafael Donato, Titi e Jussandro; Toró, Helder, Diones (Freddy Adu) e Marquinhos; Fernando e Ryder. Técnico: Chiquinho de Assis (interino)
A estreia no Brasileiro sob muita desconfiança foi contra o Criciúma e CB teve que fazer uma reformulação mais uma vez na equipe: Marcelo Lomba (Omar); Mádson, Rafael Donato, Titi e Jussandro; Hélder, Fahel, Ryder (Adu) e Marquinhos; Ítalo Melo (Diones) e Fernandão. Técnico: Cristóvão Borges.
Duas mudanças na equipe que depois sofreria muitas outras alterações com a chegada de novos jogadores. Bahia fez 4 pontos nas três primeiras rodadas, tendo vencido a primeira contra o Internacional em Caxias na terceira rodada. O que há de diferente em 2014? O técnico Marquinhos Santos foi Campeão Baiano e mantido no cargo, pôde manter a mesma escalação da final do estadual na estreia do Brasileiro:
Vitoria 2x2 Bahia: Marcelo Lomba; Diego Macedo, Demerson, Titi e Pará; Fahel, Rafael Miranda, Lincoln (Pittoni) e Anderson Talisca; Maxi Bianccuchi (Anderson Conceição) e Rhayner (Rafinha)
Técnico: Marquinhos Santos
Bahia 1x2 Cruzeiro: Marcelo Lomba; Diego Macedo, Titi, Demerson e Pará; Fahel, Rafael Miranda (Wilson Pittoni), Lincoln (Rafinha) e Anderson Talisca; Rhayner e Maxi Biancucchi (Jeam). Técnico: Marquinhos Santos
Apesar da estreia com derrota, somou 6 pontos nos três primeiros jogos com um equipe base sendo mantida rodada a rodada. Não é uma formula exata, mas geralmente o que começa bem, tende a terminar bem. O Bahia há muito tempo não precisa de tão poucas peças para a sequência de uma temporada. Vivo na Copa do Brasil e competitivo no Brasileiro. É assim que se começa! E é inspirado no sucesso tricolor na atual temporada que também pretendo aqui começar.
Notícias relacionadas
Notícias Mais Lidas da Semana
BN na Bola

BN NA BOLA
Quer ficar bem informado com sobre o mundo do esporte? Então não perca o Programa BN na Bola, na Rádio Salvador FM, 92,3, de segunda a sexta, em dois horários: das 6h às 7h e das 19h às 20h. A atração é apresentada por um trio da pesada: Emídio Pinto, Glauber Guerra e Ulisses Gama.