Recomendações para ficar em casa aumenta sedentarismo e riscos cardiovasculares

O isolamento social e as recomendações para que a população fique em casa tem tido efeitos no aumento do sedentarismo. A falta de exercícios e movimentação do corpo pode influenciar na deterioração da saúde cardiovascular mesmo em curtos períodos de tempo, de acordo com reportagem do Estadão.
A atenção ao tema deve ser ainda maior para os idosos e portadores de doenças crônicas, que tendem a ser os mais afetados por esses problemas.
O alerta foi feito por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP). Os especialistas publicaram artigo no American Journal of Physiology. Ele apontam que, o apelo feito por governantes e profissionais da saúde para que as pessoas “fiquem em casa” é válido na atual conjuntura, sem dúvida. Mas deve vir acrescido de uma segunda recomendação: “não fiquem parados”.
“Uma pessoa precisa fazer ao menos 150 minutos de atividade física moderada a intensa por semana para ser considerada ativa, de acordo com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das sociedades médicas. O uso de academias e centros esportivos ficará limitado nos próximos meses, mesmo após o fim da quarentena. A atividade física realizada no ambiente domiciliar surge como uma alternativa interessante”, explicou à reportagem do Estadão Tiago Peçanha, bolsista da Fapesp de pós-doutorado e primeiro autor do artigo, que apresenta uma série de evidências científicas relacionadas ao impacto de curtos períodos de inatividade física sobre o sistema cardiovascular.
Notícias relacionadas
Notícias Mais Lidas da Semana
Buscar
Artigos

Thais Jorge
A longevidade é uma conquista
Idade não é barreira para o envelhecimento saudável. E a longevidade é, definitivamente, uma conquista de nossos tempos, que deve ser valorizada. Mesmo considerando estudos recentes que projetam redução em cerca de dois anos na expectativa de vida dos brasileiros por conta da pandemia, o que nos faria voltar ao patamar de 2010, fato é que, em uma análise histórica e de longo prazo, tivemos de 1940 para cá um salto de mais de três décadas na nossa expectativa de vida, que passou de 45 anos para quase 77 anos.