Cacique baiano pede proteção para família a governo e MPF após suposto plano de mortes

Rosivaldo Ferreira da Silva, o cacique Babau, 44 anos, líder tupinambás em Olivença, distrito de Ilhéus, no sul baiano, pediu ao governo da Bahia e ao Ministério Público Federal proteção para a família dele. Segundo reportagem da Folha, Babau disse ter recebido informações sobre um suposto plano de assassinatos no sul baiano. O cacique lidera a Terra Indígena Tupinambá, de 47 mil hectares. A área abrange Ilhéus, Una e Buerarema. Cerca de 4,6 mil indígenas vivem na região.
Conforme o líder indígena, a informação sobre assassinatos chegou a ele no final de janeiro. Uma fonte dos índios teria contado de reuniões em Itabuna, na mesma região, entre fazendeiros e policiais civis e militares. Os encontros discutiriam uma forma de incriminar falsamente índios com o tráfico de drogas e inventar uma troca de tiros para matar três irmãos de Babau e duas sobrinhas.
Ainda segundo Babau, a informação sobre assassinatos chegou a ele no final de janeiro. Conforme o plano, os índios seriam parados em blitz de trânsito, e drogas e armas seriam "plantadas" nos carros e divulgadas a emissoras de rádio e TV.
Conforme a reportagem, a terra já foi identificada e delimitada pela Funai [Fundação Nacional do Índio] há dez anos. No entanto, o processo de demarcação está parado desde 2016 à espera da etapa seguinte (e uma das últimas), a publicação da portaria declaratória pelo Ministério da Justiça.
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