
O visgo que nos une
É o mesmo que nos mata
Mancha a faca
Com manchetes de jornal.
***
Elas que ficaram aprisionadas
e agora arrombam minha porta.
Contra minha natureza
que parecia estar morta
ou no mínimo um letreiro
dizendo: se comporta!
Veem meu outro eu,
escanteado de verdade,
se ver renascido com vontades.
***
Veja esta fantasia
livre de qualquer pudor
que eu chamo de amizade.
Que se traveste
com a permissão para ser risível
quando quer ser verdade.
Que me investe
de todas possibilidades
e desejos sem maldade.
Que expresso
como apreço,
mas é vontade.
***
O amor me move, mas um uber sai mais barato.
***
Desculpe,
tô naqueles dias
aqueles que a carência anda lado a lado com a loucura
aqueles que qualquer sentimento quer ser verbo
e se negam a ser guardados
esperneiam que nem menino em chão de mercado
um vexame até conseguir o que quer
ou tomar uma surra.
***
Nunca me acostumei a ser sozinha
E me arrumar pra ser só minha
Sem sair do berço que busca por atenção.
Você me mima
E mexe com minha auto estima
Me tornando prisioneira da sua afeição.
Completamente entregue
E em seus dedos talvez navegue
Transformando em degredo, sua mão.
***
A flor do anormal
a regra cega arrepia.
O que anestesia a multidão
pauta nossa relação.
Um louvor ao sentido da mente que permeia nossa relação enquanto meu corpo perturbado quer os 5 outros...
***
Não há revolução
com coisas velhas,
mesmo que elas
façam barulho.
***
Quem sou eu? Um sentimental erro
Sim, nesta de sentimentos, estou sozinho...
Vivo na ilusão psicanalítica de que todas seriam minha mãe.
Amei todas e errei transformando afeto em um desvario completo: são mães como Jocasta.
Não consigo esconder o eu que pulsa.
A culpa? A culpa é delas, que transformam o amor singelo em desejo latente e expõe suas carnes aos meus dentes.
São todas santas porque são sempre minha mãe, mas a boca as chama de putas.
***
O macaco te fareja, tio.
O instinto animal no seu cangote.
A inteligência pode ser arrebatada
A animalidade é um dote
Que se faz presente na mente fechada.
A evolução é dormente, tio
Precisa dar uma sacolejada
Afastar velhos preceitos
Tornar preconceitos página virada.
Acorda homem
Esta sua postura
É um saco
Suas bolas não te evoluem
Se comporta-se como um macaco.
***
Nem na pausa do café, o tempo para. Segue indômito, como eu.
A ternura não é incompatível, nem à vida, nem à mim.
Segue por caminhos reservados a quem se aventura em um momento de contemplação.
***
O que você joga fora
o fogo que cessou
e como cinza me parte
vou botar na tela
e fazer arte.
***
No arrebol
encontro
um amor
fogo fátuo:
fenece
até a noite dos sentimentos.
***
O café esconde o tempo, reaquecendo o olhar atento a hora (que urge).
***
O apoteótico morreu.
Implodiu.
Os sentimentos,
caroços de melancia
cuspidos no chão.
Híbridos, vãos.
***
Sua presença deu uma sacudida em mim.
Todos os pingos dos jotas e dos is estão espalhados no chão,
como se fossem pontos, três pontos, dois pontos...
uma bagunça de letras e sinais.
***
Da minha arte
Eu gosto mesmo a que é pintada a base da saliva
E do molhado do meu sexo
Feita sobre material novo.
***
Há um canto cinza que não olho
E o canto do olho que avista, não canto
Já foi mágoa, já foi pranto
Hoje nem tormenta
É lama que se assenta
E vira pó.
***
Não aguardo
seu retardo.
Esperneio,
ardo
e seguro o fardo.
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